O brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, de 53 anos, que foi executado na madrugada deste domingo (18) na Indonésia, 16h deste sábado (17), horário de Brasília, tinha muitos ‘amigos’ no Rio. Alguns que participaram de noitadas com ele. Mas muita gente contemporânea do instrutor de voo livre, preso em 2004, ao tentar entrar na Indonésia com 13 quilos de cocaína escondidos nos tubos de uma asa delta, diz que não o conhecia, que não lembra ou que não sabe direito.
Vários foram surpreendidos com a empresária Tiane Avelino, de família bastante conhecida no Rio, que publicou uma foto com Archer, antes da execução, com a legenda: “Isso não vai acontecer (a pena de morte). Tenho certeza que não”. Foi bastante recriminada por antigos ‘amigos’ por ter postado a foto. Perguntada, Tiane respondeu: “Sou careta, mas não sou hipócrita, não vou passar a fingir que não conheço meu amigo. Ninguém pode responder pelas atitudes dos outros. Depois que o Marco caiu de parapente, passando até um tempo em cadeira de rodas, chegou a dizer a mim que iria viajar para conseguir dinheiro para pagar o hospital, viajou e deu nisso que todos sabem”. E completa: “Nunca fez maldade com ninguém. O único mal que fez foi a ele mesmo.”
Nessa sexta-feira (16/01), a atitude sensível da Presidente Dilma Rousseff, que fez um apelo por telefone ao governante da Indonésia, Joko Widodo, para não matar Archer, mas não foi atendida, surpreendeu e emocionou muita gente. Widodo disse que não poderia reverter a sentença já que todos os trâmites jurídicos foram seguidos conforme a lei indonésia. Agora, o que isso importa? Talvez fosse o caso de os ‘amigos’ de Marco Archer repensarem suas atitudes.